20º Pangaré – 2ª e 3ª etapas – Granja Viana –
15.03.2009
Céu de Brigadeiro
Desta vez São Pedro ajudou, o dia estava bonito, sem chuva, nem calor
demais, nem frio demais. A administração da Granja também fez a parte dela,
deixando os Karts em igualdade de condições, dentro do possível. Como são
máquinas com muitas coisas para serem ajustados, é impossível deixar todos
os Karts exatamente iguais. Só o sistema de cronometragem tentou nos pregar
uma peça, invertendo algumas posições do grupo 4, mas conseguimos corrigir a
tempo.
Grupo 1
Logo após a largada, André assumiu a primeira posição, mostrando que estava
incomodado com a última posição na classificação entre os pilotos e entre as
equipes. Ele só não resistiu aos ataques de André Campos e Maurício Lima.
Com o terceiro lugar, André subiu 5 posições na classificação e junto com
Luiz Tristão (4º) fez a equipe Tristão Racing subir para a 7ª posição.
Maurício Lima, por sua vez, teve que correr por ele mesmo e pelo parceiro,
que não pôde comparecer. O segundo lugar foi bom e levou-o da 23ª para a 8ª
posição, mas entre as duplas, a sua equipe Sorocaba Motors caiu de 8º para
11º. E André Campos, com a vitória, pulou de 3º na classificação entre os
pilotos para o 1º lugar. Impulsionou também sua equipe CPKA a subir de 10º
para 6º.
Quem está no bico do corvo, mas ainda tem tudo para se recuperar são as
equipes Sorocaba Motors, Des-Kart-áveis e ChubbChubbs.
E se o campeonato terminasse hoje, André Campos levaria o troféu Acelera
Parceiro. Então Simone Tenan, acelera !
Grupo 2
Carlos Ferreira largou na 2ª posição, assumiu a liderança logo depois e não
deu chance aos outros pilotos. Cruzou a linha de chegada 10 segundos à
frente do 2º colocado. Com esta vitória, ele se catapultou da 23ª para a 9ª
posição entre os pilotos. Ajudou também sua equipe Doganos a subir do
incômodo 11º lugar para 7º. Fábio Gomes e Jens Holderer saíram lá do fundão
(17º e 20º lugares, respectivamente), ultrapassaram quase todos e chegaram
em 2º e 3º. Assim, Fábio subiu de 22º para 11º entre os pilotos e ajudou sua
equipe Impossível? a melhorar da 10ª para a 6ª posição entre as equipes. E
Jens, em sua arrancada para um lugar na corrida dos campeões, saiu da 8ª
posição para a 4ª. E de quebra ajudou sua equipe Laranja Mecânica a assumir
a liderança entre as equipes.
Ainda há tempo para The Fastest, Octane e Sentopé ia se salvarem do
rebaixamento, mas no momento são eles que estão na zona da degola.
Ednei Sarri seria o piloto a levar o troféu Acelera Parceiro para casa, se o
campeonato terminasse hoje. Portanto, Danilo Camarinha, acelera !
Grupo 3
Corrida de Reposição
O fato marcante nesta corrida foi a estréia da equipe Pocotó, dos pilotos
Gabriel Roman e João Ohanes. Pelo novo regulamento, quando surge uma vaga
nos grupo 1, 2 ou 3 no decorrer do campeonato, as equipes das categorias
imediatamente abaixo são convidadas a assumirem o risco de uma promoção
antecipada. Risco? Sim, porque a equipe promovida perde metade dos pontos
até então obtidos. No momento eles estão 11º, a apenas 3 pontos do 10º
colocado.
Rafael Ortega tinha chegado em 2º na prova anterior, então ele largou bem lá
no fundão. Mas isto não o impediu de vencer esta corrida, com direito a
melhor volta. Logo a seguir chegou a equipe Martins, com Cadu e Lusca, nesta
ordem. Estes resultado projetaram os pilotos e suas equipes para degraus bem
altos na corrida pela ascensão ao grupo 2.
Corrida da Vez
Parece que o grupo 3 estava carente de fatos marcantes. Não está mais. A
volta de Miro Teixeira, após uma temporada inteira fora, foi marcada pelo
capotamento de um Kart logo na primeira volta. Quem era o piloto capotado?
Ele mesmo, Miro. A direção da prova agiu rápido e paralisou a corrida
imediatamente. Nova largada e lá estava ele, no grid, esperando a bandeira
verde. Infelizmente a corrida reservou apenas um 13º lugar nesta sua
reestréia no Pangaré. Como de hábito, nem no capotamento houve quem tivesse
se machucado. Apenas algumas manchas roxas pelo corpo.
Bruno Luchetti resolveu fazer algo inusitado. Largou na pole na primeira
corrida, mas não venceu (chegou em 7º). Depois largou em 19º e venceu a
prova. Esta Freud não explica (provavelmente porque na época não havia
Karts). Em 2º chegou Jayro Duque,
com mais um resultado positivo nesta temporada, e já colocando a mão na taça
que poucos querem, a do Acelera Parceiro. Em 3º chegou Leandro Braghin,
parceiro de Bruno na equipe Nôno Racer. Estes resultados ajudaram os pilotos
e suas equipes no campeonato.
Como ficou a Tabela
A equipe Maximus, de Rafael Ortega assumiu a liderança, seguida de perto
pelo Martins Team, de Lusca e Cadu. Nôno Racer, de Bruno Luchetti e Leandro
Braghin saltou da 13ª para a 4ª posição, empatada com Braço Duro, de Jayro
Duque. Entre os pilotos, todos os acima citados melhoraram suas posições no
campeonato, com destaque para Rafael Ortega (de 3º para 1º), Jayro Duque (de
11º para 2º) e Bruno Luchetti (de 21º para 4º), empatado com Lusca Martins
(subiu de 7º para 4º).
No momento os candidatos ao rebaixamento são Bassi, Pocotó e Kart Ás, mas
nada está decidido.
Grupo 4
Corrida de Reposição
Duas equipes (Street Racers e VicenTeam) e três pilotos (Leonardo Forcinetti,
Arthur Bastianon e Rafael Seibel) estrearam n Pangaré. Houve também a
reestreia, após duas temporadas, de Paulo Vicentim.
Marcel Karasawa não se intimidou com sua posição de largada (14º), não tomou
conhecimento de seus adversários e deixou todos eles para trás. Venceu a
corrida com a confortável diferença de 7 segundos sobre o segundo colocado.
As próximas três posições foram ocupadas por três estreantes, que largaram
das últimas colocações no grid. Arthur Bastianon, seu parceiro de equipe
Leonardo Forcinetti e Paulo Vicentim. Este trio passou a corrida inteira
numa incansável luta em busca de melhores posições e foram premiados com
estes excelentes resultados.
Corrida da Vez
Mais uma estréia: Ítalo Gusmão.
Se Leonardo Forcinetti já mostrou o que sabe na primeira corrida, nesta foi
para valer. Largou na 20ª posição, passou todo mundo, fez uma melhor volta
após a outra e abriu eternos 20 segundo de vantagem para o segundo colocado.
Seu xará Leonardo Prjevussky (Prejê) chegou em segundo, seguido de perto por
Marcel Karasawa, olha ele de novo entre os primeiros.
Como ficou a Tabela
Após as três primeiras etapas, Marcel Karasawa está em 1º, seguido de perto
por Prejê. Mesmo com uma corrida a menos, Forcinetti já está na 6ª
colocação. Entre as equipes, destaque para a EMD, de Karasawa, que permanece
em 1º, e para Street Racers, de Forcinetti, que mal estreou e já está 4º.
E tem mais Leonardo Forcinetti. Seria dele o troféu Acelera Parceiro, se o
campeonato terminasse hoje. Então, Arthur Bastianon, acelera !
Quem somos
Pois é, as divertidas enquetes “quem somos” estão dando lugar a entrevistas,
também divertidas, com as equipes. Para esta primeira entrevista, chamamos a
última campeã do grupo 1, a Sorocaba Motors. Infelizmente Alexandre Pessutti
não pôde comparacer à corrida na Granja. Assim, a equipe caiu três preciosas
posições na tabela. Mas isto não deve tirar o bom humor dos pilotos
Alexandre Pessutti e Maurício de Lima.
Vamos à entrevista:
A- Kart
1- há quanto tempo vocês andam de Kart?
Alexandre:Meu primeiro kart tive aos 15 anos, ou seja, há 24 anos. Kart
indoor desde 1995.
Maurício: Kart indoor desde 1995. Temos também nossos karts 2 tempos desde
1998.
2- há quanto tempo vocês estão no Pangaré?
Há 2 anos. Essa é nossa 5ª. Temporada.
3- de onde vem / o que significa o nome da sua equipe?
SorocabaMotors vem do site de classificados de veículos que o Alexandre é
proprietário.
4- como vocês se tornaram Pangarés?
Foi através do Márcio Soranz (piloto pangaré-Domani Scuderia, também de
Sorocaba), que indicou o campeonato.
5- qual foi o melhor resultado na carreira (Pangaré)?
1º. lugar no grupo 1 por equipes.
1º. lugar no grupo 2 por equipes.
2º. lugar no grupo 3 por equipes.
1º. lugar no grupo 5 por equipes.
(não passamos pelo grupo 4)
6- quais suas expectativas para esta temporada Pangaré?
Manter o 1º. Lugar por equipes ou ficar entre o 3 primeiros (tá difícil !!).
7- existe um “primeiro” e um “segundo” piloto entre vocês?
Na realidade não, mas o Alexandre vem conseguindo melhores resultados.
B- Pessoal
1- como vocês se conheceram?
Nos conhecemos desde crianças, pois éramos vizinhos.
2- onde vocês moram (cidade / bairro)?
Moramos na cidade de Sorocaba.
3- em que empresa vocês trabalham?
Alexandre: trabalho na minha empresa que é a SorocabaMotors.
Maurício: trabalho na empresa da família, Tecimoda Suíça (ramo de tecidos).
4- qual sua formação acadêmica?
Alexandre: minha formação é Analista de Sistemas e WebMaster.
Maurício: Administrador de Empresas e Bacharel em Direito
5- se vocês não fossem Kartistas, o que seriam?
Alexandre: piloto de fórmula 1... hahaha.
Maurício: Infeliz (hehehe)
6- as suas famílias vêm torcer?
Nossas famílias têm vindo torcer nas corridas dos campeões.
7- algum comentário adicional?
Bem que podia ter uma etapa do Pangaré na nossa vizinha ITU, hein ?
Observação da Administração Pangaré: a inclusão do Kartódromo de Itu está em
estudo.
Texto por Jens Holderer
TURMA DO AMENDOIM
Edição 9
Sabe aquela galerinha que fica atrás do banco de
reservas em estádio de futebol, só reclamando de tudo e pegando no pé do
técnico?
No Pangaré é um pouco diferente. Enquanto alguns estão
suando na pista, os demais pilotos, amigos e familiares ficam no alambrado,
assistindo às corridas e/ou falando de assuntos diversos. Às vezes
reclamando, mas quase sempre falando de alguma coisa engraçada.
Esta coluna relata alguns desses assuntos que deram o
que falar durante cada prova do Pangaré.
O Jens já falou de tudo sobre esta etapa do Pangaré,
então o que sobrou pra mim foi dedicar essa coluna a um aspecto mais geral
do universo automobilístico. Junte-se a isso meu péssimo humor pela má
colocação obtida e o resultado é o que vem a seguir.
Várias empresas da indústria automobilística presentes
no Brasil, especialmente as mais tradicionais, insistem na prática comercial
ultrapassada de lançarem o “modelo” do ano seguinte ainda no ano anterior.
Além disso, a cada ano que passa fazem isso mais cedo, tornando mais
ridícula a iniciativa. Sei que criar um fato novo é importante para dar um
senso de urgência, criar a percepção de maior valorização e impulsionar as
vendas. Mas a coisa fugiu de controle, chegando ao extremo da FIAT, que ano
passado lançou os modelos 2009 em março de 2008 e lançou seus modelos 2010
em fevereiro (isso mesmo, fevereiro!!) de 2009.
Isso sem contar que todo mundo sabe que cada modelo é
igual ao modelo anterior, com um friso a mais aqui, um farol um pouco maior
ou menor (depende se é ano par ou ano ímpar) etc.
A Peugeot segue uma outra lógica, tão ou mais
ultrapassada que essa, ao mudar o número que designa seus carros, aumentando
com o tempo (ex: 205, 206, 207...). Só que, até não muito tempo atrás,
levava décadas para um modelo ser substituído pelo seguinte. Por exemplo, o
Peugeot 205 ficou no mercado por mais de 20 anos antes de ser substituído
pelo 206, um carro verdadeiramente diferente de seu antecessor. Agora, basta
trocar o design dos faróis e estilizar a entrada de ar do radiador e pronto,
o 206 iá virou 207. Minha única dúvida é, quando se esgotar o potencial de
mercado do 209, digamos daqui uns 4 ou 5 anos, o que os brilhantes
executivos da Peugeot vão fazer, uma vez que possuem o direito registrado
apenas para nomear seus automóveis com números de 3 algarismos, sendo o do
meio sempre zero? Será que vão fazer uma lavagem cerebral em todo o planeta,
zerar o contador e relançar o 201? Ou estão apostando, como muitos
seguidores de astrologia e de outras práticas místicas, que o mundo vai
acabar em 2012, quando um cometa supostamente cairá na terra?
Das que eu conheço, a única montadora que se salva
mesmo é a Mistubishi: quando quer renovar alguma coisa nos seus modelos
(mesmo que sejam pequenos detalhes), continua chamando seus modelos pelo
mesmo nome e não diz que é modelo 2009, 2010 ou 3000. Apenas Muda a geração
do carro, como por exemplo o Lancer Evolution 8, Lancer Evolution 9... eles
podem ficar mudando detalhes do painel o quanto quiserem e ir lançando o
Evoution 12, 13, 14, 125, 346 etc. Até o Sol esfriar.
Mas olhando as práticas altamente destrutivas dos
participantes da indústria, sou capaz de apostar que, mesmo se não tivesse
ocorrido nenhuma crise financeira nos EUA, a indústria automobilística
estaria em crise do mesmo jeito, ou seja, a crise automobilística é outra.
Isso porque, como dito no início da coluna, essas práticas todas visam
acelerar as vendas. Só que o pessoal foi tão eficiente que, como a própria
FIAT ilustra muito bem, quem iria trocar de carro em janeiro de 2010 já
trocou de carro agora em fevereiro de 2009. Como o efeito do lançamento já
passou, para quem eles vão vender de março a dezembro? Vão lançar o modelo
2011 ainda em 2009? Ou fazer feirão “exclusivo” todo final de semana?
Como temos inúmeros representantes de algumas
montadoras de renome participando do Pangaré, espero que pelo menos um tenha
acesso a seus brilhantes colegas executivos de marketing e possa mostrar a
eles que essa e outras práticas do século passado já deram o que tinham que
dar.
Tenham consciência que cada vez mais pessoas ignoram a
enganação, quer dizer, o ano do modelo e compram seus carros somente
baseados no que eles oferecem e no ano de fabricação.
Indústria automobilística: esculhamba, mas não
esculacha!
Texto por Denis Nascimento
Confira a classificação do campeonato
Calendário do vigésimo campeonato Pangaré
Data |
Dia |
Pista |
Grupo 1 |
Grupo 2 |
Grupo 3 |
Grupo 4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
07/02/2009 |
Sab |
Granja Viana |
16:00 |
16:30 |
17:00 |
17:30 |
|
15/03/2009 |
Dom |
Granja Viana |
13:00 |
13:30 |
12:00 e
14:00 |
12:30 e
14:30 |
|
04/04/2009 |
Sab |
Speed Hunters |
15:00 / 16:00 |
15:30 / 16:30 |
17:00 / 18:00 |
17:30 / 18:30 |
|
30/05/2009 |
Sab |
ABC Kart |
16:00 / 17:00 |
16:30 / 17:30 |
18:00 / 19:00 |
18:30 / 19:30 |
|
28/06/2009 |
Dom |
Granja Viana |
13:00 |
13:30 |
14:00 |
14:30 |
|
|
|||||||
04/07/2009 |
Sab |
GP dos Campeões |
19:30 |