22º Pangaré – 2ª etapa –
Granja Viana – 27.02.2010
O Guerreiro, o Brahmeiro e o Pangaré
Novo recorde estabelecido: 3 corridas consecutivas do
Pangaré na Granja sem chuva! E bem durante o verão mais chuvoso de todos os
Pangarés.
Mas bem que poderia ter chovido. Assim acalmava um pouco os ânimos que estiveram
especialmente acirrados na pista, em todas as baterias.
Poderia ficar aqui falando do perigo de dar totós, que aliás
se proliferaram no último sábado. Parece que a capotagem na prova anterior não
serviu de lição pra ninguém.
Poderia também falar do clima ruim que fica quando alguém desrespeita o espaço
do adversário na pista, cria confusão e, às vezes, estraga a diversão de quem
por acaso está próximo na pista e não tem nada a ver com as frustrações alheias.
Poderia ainda falar que atitudes anti-desportivas, além de proibidas pelo
regulamento do campeonato, também são fortemente reprimidas pelas pistas e que,
geralmente, o infrator acaba se dando mal de um jeito ou de outro.
Mas ao invés disso, prefiro contar uma história. É sobre um
Brahmeiro, um Guerreiro e um Pangaré.
Aliás, antes que surja a dúvida, Brahmeiro é propaganda gratuita mesmo, em
reconhecimento a uma definição criativa e muito verdadeira. Não tenho nada a ver
com o fabricante de cerveja.
Pois bem, o Brahmeiro passou o mês inteiro ralando no trabalho, preocupado com
suas tarefas e objetivos. Chegou mais cedo no escritório pra adiantar aquele
relatório de última hora, ficou até mais tarde naquela reunião que não ia levar
a nada, ficou preso no trânsito porque alguém parou em fila dupla, enfim, passou
um mês igual a todos os outros na vida da maioria de nós. Mas ele agüentou
firme, inclusive com a ajuda de algumas cervejas de vez em quando no fim do
expediente com os amigos.
O Guerreiro teve um mês parecido com o do Brahmeiro, com pressão, rotina,
frustração e até algumas cervejinhas também.
Até que chegou o fim do mês. Sabadão, dia de Pangaré, saiu até um solzinho pra
quem procurou bastante. O Brahmeiro arrumou suas coisas, o Guerreiro também.
Ambos foram para a Granja Viana, com fé de que hoje iria fazer uma corrida
especialmente boa.
Mas aí acaba a semelhança entre o Brahmeiro e o Guerreiro.
O Brahmeiro chega cedo pra não correr riscos com o trânsito. Cumprimenta os
amigos e quem mais estiver passando. Se apronta, assiste a quem quer que esteja
correndo, espera sua vez no sorteio do kart e se concentra pra ir à pista e
correr bem. Vai pra pista e, se o kart está bom, vai pras cabeças. Se, por outro
lado, o kart não está lá essas coisas, tenta ficar no pelotão do meio e salvar
uns pontinhos pra equipe.
O Guerreiro, por outro lado, poderia até chegar cedo, mas prefere chegar encima
da hora porque tem mais o que fazer do que esperar na pista. Fica irritado no
trânsito, se apronta correndo, sem cumprimentar ninguém. Tenta “aliviar” o
lastro na conversa e vai pra pista sem nem saber direito qual traçado será
usado. Se o kart está bom faz questão de passar todo mundo de primeira e, se
alguém não quer facilitar, passa na base do empurrão e do chega pra lá, se for
preciso tirando da pista, afinal ele é o Guerreiro. Se o kart não está bom,
volta bufando pros boxes pra tentar outro kart e, se não fosse o regulamento,
trocaria três ou quatro vezes, quantas dessem tempo. Afinal, ele é o Guerreiro e
leva tudo a sério.
O Brahmeiro quer ganhar, mas aceita perder. O Guerreiro não entende que existe
mais ninguém além dele, então só ele merece ganhar. Os dois erram na pista, mas
o Guerreiro põe a culpa em tudo e em todos, menos nele mesmo.
Pois bem, essa história tem um fim muito conhecido, mas que
se repete a cada rodada: o Brahmeiro vira Pangaré. Fica com esse vírus no
sangue, que o faz voltar todo mês para correr e rever os amigos, que vão
aumentando de número com o passar do tempo. Ganha uma vez ou outra, às vezes nem
isso.
O Guerreiro, por outro lado, vai acumulando totós, desculpas esfarrapadas,
punições. Depois de um tempo fica claro pra todo mundo que ele é o Guerreiro.
Então todo mundo passa a jogar duro com ele também, fecha a porta pra ele com
mais vontade, faz de tudo pra não deixa-lo passar, mesmo sabendo que ele vai dar
um totó mais forte e passar.
O Guerreiro vai ficando sem amigos, sem clima, sem ninguém que ele já não tenha
desrespeitado na pista pra poder conversar. Com o tempo ir correr deixa de ter
qualquer graça. E logo ele desiste, para tranqüilidade dos demais.
Para os Brahmeiros não tem erro, nos vemos na próxima etapa e a história termina por aqui.
Já você que percebeu que é um Guerreiro e acha que é melhor
continuar assim: por favor não continue no Pangaré. Vai ser melhor para você e,
com certeza, para todos os demais que vão poder frear mais tranqüilos na hora de
disputar uma posição. Vá correr em jogos de vídeo-game, onde dá pra ganhar todas
e não tem mais ninguém pra te atrapalhar.
E não dá pra ficar na dúvida, mesmo quem acabou de entrar no Pangaré e nunca
pilotou antes. As situações da vida são as mesmas para todos, o que nos
diferencia é como agimos nessas situações. Se você acha que não vai conseguir
respeitar o direito e o espaço de quem está a seu lado, por favor saia do
Pangaré.
Você não entendeu que este campeonato é apenas uma brincadeira, estraga a
diversão dos outros e por isso não é bem vindo.
Texto por Denis Nascimento
Punições... de quem é a culpa?
Os seres
humanos são interessantes. No futebol o juiz é responsável pelos cartões
distribuídos e o técnico é responsável pelas derrotas sofridas. Na escola os
alunos dizem “eu tirei um dez” e “o professor me deu um zero”. Mas pensando
bem... o professor deu o zero ou o aluno errou todas as respostas?
Gente, no
Kart é a mesma coisa. Na maioria das vezes o piloto punido realmente prejudicou
alguém, mas não admite nem sob tortura. Pode ter sido involuntariamente, é
verdade, mas prejudicou. Perguntem ao outro piloto o que ele achou daquilo.
Vocês vão ver que há dois pontos de vista, geralmente bem diferentes entre si.
Nas duas
primeiras corridas da temporada tivemos 30 advertências, vários stop & go e até
uma desclassificação. Isto não pode simplesmente ter sido excesso de rigor dos
fiscais. Nós todos estamos indo com muita sede ao pote. Não podemos esquecer que
todos nós 130 Pangarés temos ao menos uma coisa em comum, que é o gosto pelo
Kartismo. Nós não vemos a hora de chegar o “Sábado é dia de Pangaré na pista”,
entrar no Kart e acelerar. E quando finalmente esta hora chega, alguém nos tira
da pista. Isto estraga o dia, o fim de semana, às vezes até o relacionamento.
Vamos por a
mão na consciência e refletir sobre algumas atitudes que tomamos na pista.
E desta vez
até temos que criticar o diretor de prova, por não ter interrompido a corrida
naquele acidente do Grupo 2 Vermelho, onde muitos carros estavam envolvidos e um
fiscal de pista foi atropelado.
Grupo 1
A pista da
Granja propicia bons pegas e muitas ultrapassagens. Quem mais soube aproveitar
esta condição foi Alexandre Pessutti, que largou lá atrás e passou todos os
adversários, completando a prova em primeiro, com direito à melhor volta da
corrida. Os próximos colocados Antonio Plá, Alberto Costoya e Fabiano Costa não
precisaram fazer tantas ultrapassagens, mas tiveram o mérito de terem conseguido
se segurar nas boas colocações que a largada lhes proporcionara.
Continua
cedo para fazer prognósticos de como vai terminar o campeonato, mas no momento
Tristão, Sorocaba e Rocha estão na frente. Desta vez quatro equipes serão
rebaixadas; após as duas primeiras corridas seriam Laranja Mecânica, Schnecke,
Sangue Nozóio e Equipilantras.
Por enquanto o troféu Acelera Parceiro ficaria com Alexandre Lacava.
|
|
Grupo 2 Azul
O grande
nome da corrida não foi um piloto, mas uma equipe. RW Racing. Enquanto Walter
Torres (o “W” do nome da equipe) largou no meio do pelotão, fez a melhor volta
do dia, passou todos os outros e ganhou a corrida, seu irmão Ricardo Torres (o
“R”) veio da última posição do grid, fez a segunda melhor volta da corrida e
chegou em segundo lugar. Com uma atuação destas, parece meio obrigação citar os
pilotos que chegaram em seguida: Diogo Fukamachi e Marcelo Yassuo. Mas eles têm
o mérito de estarem nas duas primeiras posições do campeonato de pilotos.
Deste grupo
apenas duas equipes sobem ao Grupo 1. No momento seriam Martins e Doganos. E
três equipes serão rebaixadas. Se o campeonato terminasse agora, estas equipes
seriam Impossível?, The Fastest e Petta.
E o troféu
Acelera Parceiro no momento iria para Walter Torres.
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Grupo 2 Vermelho
O resultado deste grupo foi influenciado pelo acidente no início da corrida e
pela inércia do diretor de prova, que não interrompeu a corrida. Na confusão,
cerca de metade dos pilotos perdeu uma volta, diferença esta que não pôde ser
recuperada. Mas isto não tira o mérito do vencedor, Winston Iwauchi, nem dos
próximos colocados, Fabio Gonçalves e Leonardo Prjevussky.
Assim como no Grupo 2 Azul, também do Grupo 2 Vermelho as duas melhores equipes
subirão ao grupo 1. No momento estas equipes seriam Muchachos e Fast Friends. E
as três piores cairão aos grupos 3. Por enquanto este mico está com as equipes
Domani, Qwerty e Despinguelados.
O troféu Acelera Parceiro ficaria com Fabio Gonçalves.
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Grupo 3 Azul
Se a corrida
passada foi dominada pelos veteranos, desta vez os novatos fizeram a festa. João
Sanches, Mario Gusukuma e Gabriel Roman chegaram praticamente juntos, após uma
boa disputa durante a corrida toda. Gabriel, único veterano entre os cinco
primeiros colocados, esteve o tempo todo envolvido em disputas com os novatos.
As três
melhores equipes serão promovidas. No momento são Pocotó, Unipneus e QMS.
O troféu
Acelera Parceiro ficaria com Raphael Lozano.
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Grupo 3 Vermelho
Aqui também
está havendo um certo domínio dos novatos. Entre os cinco primeiros colocados,
apenas um é veterano. Sérgio Guaraldo correu praticamente sozinho, só tendo sido
alcançado na última volta, quando era tarde demais para qualquer intenção por
parte de Francesco Chimenti. Depois de uma disputa acirrada pela terceira
posição, esta ficou com Leonardo Ramos, que conseguiu a ultrapassagem sobre
Carlos Tejeda na reta de chegada. Seria injusto não citar Ricardo Charbel,
quinto colocado, e que esteve na briga o tempo todo e chegou a apenas três
décimos de segundo de Leonardo e Tejeda.
Se o
campeonato terminasse hoje, a classificação seria assim: F&T, Takt e CTR.
Luís Pimentel receberia o troféu Acelera Parceiro, se o campeonato terminasse hoje.
|
|
Quem
somos
A entrevista
do mês mostra a dupla campeã do Grupo 3 da temporada anterior: Nôno Racer. Quem
são e o que pensam os pilotos Bruno Luchetti e Leandro Braghin?
A- Kart
1-
há quanto
tempo vocês andam de Kart?
Bruno: 3 anos
Leandro: 2 anos
2-
há quanto
tempo vocês estão no Pangaré?
Bruno: 3 anos (6ª temporada)
Leandro: 2 anos (4ª temporada)
3-
de onde vem
/ o que significa o nome da sua equipe?
Bruno: Nono foi um apelido que me deram numa viagem de fim de ano! Estava muito
calor e eu não parava de reclamar de tudo, ai virei o Nono (velho ranzinza).
4-
como vocês
se tornaram Pangarés?
Bruno: Através do Alexandre Lacava, que é casado com a minha prima.
Leandro: O Bruno estava sem parceiro, depois de dois parceiros que nao foram pra
frente, e me convidou.
5-
qual foi o
melhor resultado na carreira (Pangaré)?
Bruno: temporada passada, 1º individual e 3º na corrida dos campeões
Leandro: temporada passada, fiquei em 2º no individual
6-
quais suas
expectativas para esta temporada Pangaré?
Bruno: Subir para o grupo 1 ou pelo menos ficar entre as três melhores equipes.
Leandro: Vai ser dificil subir, mas estamos em terceiro e vamos lutar até a
última corrida.
7-
existe um
“primeiro” e um “segundo” piloto entre vocês?
Bruno: Não temos um primeiro ou segundo piloto, por enquanto estou tendo mais
sorte que o Leandro.
Leandro: por enquanto o Bruno é o primeiro...
8-
o que
diferencia o Pangaré dos outros campeonatos?
Bruno: Não conheço outro campeonato, mas tenho certeza que não tem campeonato
melhor que o Pangaré.
B-
Pessoal
1-
como vocês
se conheceram?
Bruno: No Colégio Objetivo
Leandro: Estudamos desde a 4ª serie
juntos
2-
onde vocês
moram (cidade / bairro)?
Bruno: Alto da Boa Vista – São Paulo
Leandro: Jardim Paulista – São Paulo
3-
em que
empresa vocês trabalham?
Bruno: allTV e 4news
Leandro: BFB INVEST
4-
qual sua
formação acadêmica?
Bruno: Gastronomia
Leandro: Engenheiro de Produção
5-
se vocês não
fossem Kartistas, o que seriam?
(comentário
da redação: vejam... eles não se imaginam fazendo outra coisa)
6-
as suas
famílias vêm torcer?
Bruno: Minha mulher não curte muito e meus filhos são muito pequenos.
7-
algum
comentário adicional?
(nenhum...)
Texto por
TURMA DO AMENDOIM
Edição 18
Sabe aquela
galerinha que fica atrás do banco de reservas em estádio de futebol, só
reclamando de tudo e pegando no pé do técnico?
No Pangaré é
um pouco diferente. Enquanto alguns estão suando na pista, os demais pilotos,
amigos e familiares ficam no alambrado, assistindo às corridas e/ou falando de
assuntos diversos. Às vezes reclamando, mas quase sempre falando de alguma coisa
engraçada.
Esta coluna
relata alguns desses assuntos que deram o que falar durante cada prova do
Pangaré.
O Carnaval
já passou.
Mas tem
gente que guarda energias e samba no Pangaré o ano todo.
Tem os que sambam antes mesmo de entrar na pista, ao sortear os karts
especialmente preparados pelos mecânicos argentinos.
Tem os que
entram na pista e já saem logo sambando nas zebras, na grama.
Tem os
foliões que tiram alguém para sambar com ele fora da pista, os que preferem
sambar por conta própria e também aqueles que são levados pra folia meio sem
vontade, quando alguém os joga pra fora da pista.
E tem ainda
os foliões que exageram na agressividade, na imprudência ou até com atitudes
anti-desportivas e que acabam sambando com as punições da direção de prova.
Mas os
foliões mais divertidos mesmo são aqueles, geralmente novatos, que dão a
tradicional “paradinha”, típica das baterias de escola de samba, na hora da
largada, e que são “levados pela pipoca”, ou pelo resto do pelotão que vem
atrás.
O Carnaval
já passou, é verdade, mas a dica vale para o resto do ano: só pratiquem Pangaré
seguro e não esqueçam nunca de usar a camisinha (da equipe, para não perder
pontos, claro).
Texto por Denis Nascimento
Confira a classificação do campeonato
Calendário do vigésimo - segundo campeonato Pangaré
Data |
Local |
Grupos / Horários |
||||
1 |
2 |
2 |
3 |
3 |
||
30/01/10 |
Granja |
15:00 |
15:30 |
16:00 |
16:30 |
17:00 |
27/02/10 |
Granja |
15:30 |
16:00 |
16:30 |
17:00 |
17:30 |
20/03/10 |
Pit Stop |
14:00 / 15:00 |
14:30 / 16:00 |
15:30 / 17:00 |
16:30 / 18:00 |
17:30 / 18:30 |
17/04/10 |
Speed |
14:00 / 15:00 |
14:30 / 16:00 |
15:30 / 17:00 |
16:30 / 18:00 |
17:30 / 18:30 |
15/05/10 |
Planet |
14:00 / 15:00 |
14:30 / 16:00 |
15:30 / 17:00 |
16:30 / 18:00 |
17:30 / 18:30 |
12/06/10 |
Granja |
15:00 |
15:30 |
16:00 |
16:30 |
17:00 |